quinta-feira, 27 de maio de 2010

ROTINA

Rotina

Estou cansada de trabalhar e ver todos os dias as mesmas pessoas no caminho; passar horas trabalhando.

Chego a casa e meu marido sempre do mesmo jeito, com a mesma disposição, a mesma comida para o jantar.
Entro no banho e logo ele começa a reclamar.
Quero descansar e assistir minha novela, mas meus filhos não me deixam, porque querem brincar comigo e conversar.
Não entendem que estou cansada.
Meus pais também me irritam algumas vezes e entre trabalho, marido, filhos, pais e cuidar da casa, eles me deixam louca. “Quero Paz”.
A única coisa boa é dormir.
Ao fechar os olhos sinto um grande alívio, me esqueço de tudo e de todos.


- Ao dormir...


“Olá, vim te ajudar”.


- Quem é você? Como entrou?


-“Sou um servo de Deus. Ele disse que ouviu suas queixas e que você tem razão”.


-Isso não é possível, para isso eu teria que estar...


-“Isso, você está. Não se preocupará mais em ver sempre as mesmas pessoas, nem por agüentar o seu marido com suas reclamações e sua disposição, nem seus filhos que te irritam, nem terá que escutar os conselhos de seus pais e não terá mais qualquer casa para cuidar.”


- Mas... Que acontecerá com todos? Com meu trabalho? Minha casa?


-“Não se preocupe. No seu trabalho já contrataram outra pessoa para o seu lugar e ela certamente está muito feliz porque estava sem trabalho”.


- E meu marido, meus filhos?


- “Ao seu marido foi dado uma boa mulher que o quer bem, o respeita e o admira por suas qualidades, aceita seus gostos e defeitos e todas as suas reclamações. Além disso, ela se preocupa com seus filhos como se fossem filhos dela. De certo, tem uma emoção muito grande já que é estéril. Por mais cansada que chegue do trabalho, dedica tempo a brincar com eles e para agradar seu marido. Todos estão muito felizes”.


-Mas não quero isso!


-“Sinto muito, a decisão foi tomada”.


- Mas isso significa que jamais voltarei a beijar o rostinho dos meus filhos, nem dizer “eu te amo” ao meu marido e mostrar a eles o quanto são importantes na minha vida, nem dar um abraço nos meus pais.


- Não, não quero morrer, quero viver, envelhecer junto ao meu marido, fazer a viagem que há muito planejamos, colocar aquela roupa que comprei há mais de 1 ano, levar meus filhos ao passeio que sempre prometi. Não quero morrer ainda...


- “Mas era o que você queria... Descansar.


Agora já tens seu descanso eterno, durma para sempre”.


- Não, não quero, por favor, Deus!

-..... “Que aconteceu amor? Teve um pesadelo?” Disse meu marido me acordando com paciência e carinhosamente.


- Sim, um pesadelo horrível... Parei a frase ao meio, olhei em seu rosto, seu semblante preocupado comigo, ali do meu lado, e então, sorrindo falei:


- Não meu amor... não tive pesadelo nenhum, tive um encontro com Deus, que nos adora, e que acaba de me dar uma nova oportunidade.



2 comentários:

  1. Não sei quem é a autora de tão belo texto, só sei que chegou pra mim num momento muito delicado. Graças a Deus que tenho amigos que me mandam coisas na hora certa e que me ajudou muito.
    Muito obrigada Cássia, por tê-lo enviado.

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  2. Muito interessante... realmente uma balançada na gente qd ta pra baixo, pensando besteira... q sirva de lição!
    Adorei!
    Bjssss!

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