Só hoje me encontro em condições de falar. Não existem palavras que possam diminuir a nossa dor. Os dia 03 e 04 foram os piores dias deste ano. Digo deste ano, porque já passei por isso em 1992 quando perdi a minha mãe e este ano não foi diferente. Embora a minha tia Bé não tivesse idade pra ser minha mãe, nem eu a via como tal, está doendo muito a partida dela para todos nós. Ela era minha referência de pessoa, de alto astral, de elegância sem sofisticação, de admiração desde os meus 7 anos de idade e ela sabia disso. Não desmerecendo as outras tias, ela era meu modelo, eu me espelhava nela pra viver. Tudo isso ela sabia, porque eu falei. Nos últimos meses eu fiquei mais ligada a ela, não queria deixá-la sofrer sozinha, por isso fui tantas vezes vê-la para dividir com ela tudo que estava sentindo. Foi muito difícil vê-la perdendo a alegria, mas não perdia a força. Sempre forte, não derramou uma lágrima. Segurava a minha mão e apertava me dando força, imagine! Eu a amava como amava a minha mãe. Por isso está difícil, muito difícil aceitar. No dia 04 já acordei passando muito mal, vomitando e evacuando, com a pressão muito baixa. O médico acha que foi emocional. Hoje estou me sentindo um pouco melhor, embora não consiga comer ainda. Sei que só o tempo vai atenuar essa saudade imensa. Continuo rezando e pedindo a Deus que a mantenha bem espiritualmente. Peço a Deus que conforte meus primos: Erwin, Max, Maria, Pedro Max e o meu tio Fred. Quero dizer que mesmo com a partida da nossa querida, espero que continuemos com o mesmo afeto que sempre nos uniu.
Niterói, 07 de novembro de 2009
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